O Quarto de Jack | Crítica
Um garotinho de cabelos lisos e longos acorda ao lado de sua mãe no dia em que completa 5 anos e, como faz todos os dias, cumprimenta cada móvel e objeto que compõem seu Quarto: "Bom dia, cama. Bom dia, pia. Bom dia, armário. Bom dia, claraboia..." Depois de escovar os dentes e de tomar o café da manhã, sua mãe lhe diz que eles farão um bolo de aniversário, para comemorar a data especial. As horas se passam, e nem o menino ou sua mãe fazem menção de deixar o Quarto, um lugar apertado, cuja única fonte de luz natural vem de uma claraboia no teto. É ali que eles brincam, fazem exercícios, assistem TV. É ali que eles dormem. E é ali que, tarde da noite, o garotinho pega no sono dentro do armário, e um homem entra no Quarto. O Quarto é grafado assim, com letra maiúscula, porque aquele é o único lugar que Jack, o menininho, conhece na vida. Para Jack, sua mãe é simplesmente Mãe, assim mesmo, sem nome próprio, apenas a função afetiva que ela exerce sobre a criança. Os dois est...