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Mostrando postagens de dezembro, 2012

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

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Depois de 10 anos de espera, finalmente chegou a hora de matar saudades da Terra-Média, aquele universo fantástico criado por J. R. R. Tolkien. Não, espere aí. Não somente criado, mas inteiramente mapeado, estudado, delimitado e pensado por Tolkien. O escritor inglês tinha a intenção de criar uma mitologia para a Inglaterra, e escreveu toda a trilogia "O Senhor dos Anéis", depois transformada em um clássico do cinema por Peter Jackson. Com O Senhor dos Anéis , Peter Jackson não apenas se posicionou entre os grandes cineastas da história, como estabeleceu no cinema uma mitologia que tem um potencial de exploração quase infinito. Era apenas questão de tempo até que se fizesse a adaptação de O Hobbit.  Mas Jackson e sua equipe de roteiristas - com o bem-vindo reforço de Guillermo Del Toro - fizeram muito mais e resolveram dividir o livro, que tem 19 capítulos, em três filmes. A decisão era muito arriscada, pois supostamente o material que justificasse a divisão não existia.

Elefante Branco - drama argentino realista é imperdível

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É impossível ficar indiferente à realidade mostrada em Elefante Branco  (Argentina/Espanha/França, 2012), novo filme de Pablo Trapero ( Abutres, Leonera ). Trapero é o cineasta argentino que mais se aproxima da estética cinematográfica em voga no Brasil: as histórias que abordam temas na maioria das vezes recusados pelo cinemão comercial. Seguindo esta temática, de tratar das mazelas sociais argentinas, Trapero vai pintando um quadro que mostra realidades duras de seu país, sem deixar de criar filmes com grande apelo comercial e crítico. Em Elefante Branco novamente o diretor conta com a dupla de protagonistas de seu filme anterior, Abutres : Ricardo Darín e Martina Gusman (esposa do cineasta), mas desta vez a dupla se torna um trio, com o acréscimo do belga Jerémie Renier ( O Garoto de Bicicleta ). Na trama, Ricardo Darín é Julián, um padre que mora e trabalha em uma enorme favela surgida nos arredores de um imenso hospital nunca concluído e abandonado, chamado de "Elefante

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Depois de transformar o Coringa em um ícone pop ainda maior que o próprio Batman em O Cavaleiro das Trevas , era difícil imaginar que Christopher Nolan conseguiria, no mínimo, igualar o feito na terceira e última parte de seu ciclo à frente do personagem, O Cavaleiro das Trevas Ressurge . Devíamos ter tido mais imaginação. Isso porque este terceiro filme não somente encerra de modo épico uma trilogia magistral, como também estabelece o alicerce para uma próxima série, sem necessariamente recomeçar toda a história. A mitologia de Batman nunca mais será a mesma depois que Christopher Nolan (e seu irmão, Jonathan) reverteram todos os padrões, agradando tanto a fãs antigos como a não-iniciados, elevando o grau de responsabilidade de quem assumir a franquia daqui para a frente a limites quase inalcançáveis. "Ele está exagerando", você pode pensar. Mas não. Mil vezes não. Acredite em mim, O Cavaleiro das Trevas Ressurge  consegue pegar o que fora feito no segundo filme em term

CurtaPop: Laika

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Laika foi o primeiro ser terrestre a viajar para o espaço. Era uma cadelinha e foi enviada pela União Soviética, com o triste destino de nunca retornar para casa. Laika , o curta animado dirigido por Avgousta Zourelidi, conta a história da heroína, desde o momento de seu recrutamento até seu desaparecimento na imensidão espacial. Tem algumas legendas em inglês, mas nada que impeça a compreensão da bela e melancólica história. Vale a pena. LAIKA from Avgousta Zourelidi on Vimeo .

O exército de mini pessoas de Jean Joseph Renucci

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O artista francês Jean Joseph Renucci cria esculturas minúsculas com objetos encontrados em nosso cotidiano, explorando possibilidades que só com muita criatividade e imaginação poderiam ser visualizadas. Um pote de creme Nivea vira pista de patinação; uma boca de fogão acesa vira um incêndio; um monte de pilhas vira o último recurso energético. Veja como é incrível: Veja mais esculturas incríveis AQUI .

Gonzaga - De Pai Pra Filho

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Eu não sou nordestino, embora more no nordeste há 16 anos. Nunca morei no sertão. Mas poucos filmes trouxeram o sentimento de saudades como Gonzaga - De Pai Pra Filho  (Brasil, 2012) o fez. Talvez seja assim porque a trajetória do Rei do Baião não é propriedade apenas dos que nasceram no nordeste; ela pertence a todos os brasileiros. Entretanto, mesmo nas cenas localizadas no árido sertão de Exu, em Pernambuco, onde Luiz Gonzaga nasceu, a sensação que dá é que tudo aquilo é nosso, como se fosse alguma lembrança de uma vida que não é nossa, mas que ao mesmo tempo é. Com a cinebiografia de Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha, o diretor Breno Silveira ( 2 Filhos de Francisco , Era Uma Vez ) mais uma vez conta uma história marcante, com a diferença de que, desta vez, não há nenhuma resistência. A escolha de contar duas histórias paralelas, entretanto, mostra-se um tanto equivocada, já que a parte de Gonzaguinha, autor de "O que é, o que é" e "Sangrando", é apressa

Guerreiro - O 'Rocky' do MMA

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É alguma coisa que filmes de esportes fazem com a gente. Eles mexem em algum ponto no cérebro desejoso de competir, lutar e vencer (quase) sempre. Além disso, se conectam com a realidade que enfrentamos no dia a dia - não, não subimos em um octógono todos os dias, mas lidamos com desafios quase olímpicos a cada novo nascer do sol. O fato é que filmes assim mexem - e muito - com o emocional do público. É quase impossível não criar empatia com o(s) protagonista(s). É assim na maioria dos filmes do gênero. É assim também em Guerreiro  (Warrior, EUA, 2011), drama de MMA - sigla para Mixed Martial Arts, ou Artes Marciais Mistas - que equivale em emoção e carga dramática ao clássico Rocky, Um Lutador , que catapultou Sylvester Stallone ao estrelato (e ao Oscar de Roteiro Original) em 1976. Não é exagero comparar Guerreiro a Rocky . Mas acontece que o filme de Gavin O'Connor ( Força Policial ) é emocionante sem jamais apelar para saídas fáceis e pieguices. É claro que ajuda muito con

Looper: Assasinos do Futuro

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Em 2074, as viagens no tempo foram inventadas e declaradas ilegais, sendo praticadas apenas pelos grandes chefões da máfia, que as utilizam para se livrar de pessoas indesejadas. Eles as enviam para o passado - mais precisamente, o ano de 2044 -, com a cabeça encapuzada, mãos e pés amarrados, para serem mortas por assassinos especialmente contratados para esse fim: os loopers. Assim que a pessoa se materializa em 2044, um desses assassinos a mata, vira o cadáver e tira barras de prata amarradas na pessoa: o pagamento pelo serviço. Neste contexto, Joseph Gordon-Levitt é Joe, um looper que tem seu contrato encerrado. O problema é que quando isto acontece, os mafiosos no futuro precisam se livrar de qualquer ligação com seus contratados, o que significa a morte para os loopers. Acontece que o Joe do futuro é enviado para ser morto por sua contraparte do presente, e isso causa uma série de problemas do ponto de vista temporal, já que o looper não consegue matar sua versão futurista (B