Vingadores: Era de Ultron | Crítica

Em 2012, quando Os Vingadores chegaram aos cinemas, a expectativa era ver como os heróis da Marvel se sairiam juntos em um único filme. Sob a batuta de Joss Whedon, o filme não só funcionou incrivelmente bem como se tornou quase uma unanimidade de crítica e público, arrecadando uma montanha de dinheiro para a Casa das Ideias. Ali se encerrava a primeira fase da construção de um universo cinematográfico semelhante ao que a Marvel tem nos quadrinhos, e o que estava por vir prometia ser ainda melhor e maior.
Três anos depois, a Marvel é uma potência em Hollywood, o público conhece cada super-herói como se fosse seu melhor amigo, lotando as salas de cinema a cada novo filme, não importa se a produção tem qualidade (Capitão América 2: O Soldado Invernal) ou não (Homem de Ferro 3). Longe de ser uma novidade, o estúdio lança Vingadores: Era de Ultron, com a responsabilidade de superar a arrecadação do primeiro filme e estabelecer bases para os futuros filmes do estúdio, que apresentarão personagens desconhecidos do grande público.
O resultado final da superprodução é positivo, felizmente. Novamente dirigido e escrito por Joss Whedon, Vingadores: Era de Ultron tem todos os elementos que fizeram da Marvel um sucesso também no cinema, além de pavimentar o caminho para tudo o que vem por aí.
Ultron, o vilão que dá nome ao filme, é um ser de inteligência artificial, criado por Tony Stark para colaborar na missão de paz da super-equipe. As coisas não dão muito certo (não dão NADA certo) e o androide acaba adquirindo um ódio descomunal da humanidade, o que o leva a querer exterminá-la. A partir desta premissa, Joss Whedon cria seu roteiro, uma história sobre criatura e criador e os limites do que o homem pode inventar.
Como uma boa história de super-equipes nas HQs, Era de Ultron dá espaço para cada super-herói ter seu próprio momento, sem que se perca o fio da meada. Em nenhum momento os personagens parecem deslocados ou forçados na trama.
Outro elemento que marca o universo Marvel nos cinemas é o humor, e isso o filme tem de sobra. Até mesmo Ultron se mostra um piadista - quase uma versão grotesca de seu criador, Tony Stark. Por falar em Ultron, o vilão é uma das melhores coisas aqui; a atuação de James Spader (da série The Blacklist) é fenomenal, conseguindo equilibrar todas as nuances de uma criatura perturbada, buscando seu lugar no mundo - que nesse caso é a própria destruição do mundo.
Entre os novos personagens que surgem em cena, Mercúrio (Aaron-Taylor Johnson, de Kick-Ass) e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen, de Godzilla) são interessantes e têm seu lugar bem estabelecido no roteiro, embora seja esta última a que mais cativa o público.
No mais, Vingadores: Era de Ultron marca mais um ponto a favor da Marvel: é divertido, engraçado, tem cenas de ação muito maiores que o primeiro filme - algumas delas são momentos memoráveis, como a luta entre o Homem de Ferro (vestindo a armadura Caça-Hulk) e o Gigante Esmeralda, o Hulk em pessoa. Há ainda relances sobre o passado da Viúva Negra (Scarlett Johansson) e do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), algo muito bem-vindo para que o público tenha uma perspectiva melhor sobre os heróis.
Se Era de Ultron é um indicativo de alguma coisa para o futuro da Marvel no cinema, a expectativa não poderia ser maior. E a pressão também.

Vingadores: Era de Ultron (2015) on IMDb

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

22 pessoas que se parecem com desenhos animados

Amazon Prime Video: vale a pena a assinatura?

Cobra Kai - Sem misericórdia, sequência de Karatê Kid é triunfo narrativo