Headhunters | Thriller norueguês é a nata do gênero

Depois de ver Headhunters (Hodejegerne, Noruega, 2011), adaptação do romance best-seller de Jo Nesbø dirigida por Morten Tyldum, o primeiro pensamento que vem à mente é: quando Hollywood fará um remake em inglês? O segundo pensamento é: que filme sensacional! A história de Roger Brown (Aksel Hennie), um recrutador rigoroso para grandes companhias norueguesas, que trabalha como um louco e, nas horas vagas, é ladrão de arte, tudo para manter o status luxuoso de sua esposa, Diana (Synnøve Macody Lund), uma linda mulher que acaba de inaugurar uma galeria de arte. O problema começa quando ele resolve roubar uma obra de arte avaliada em cerca de 100 milhões de Euros. A partir daí, Brown se envolve em uma trama que vai se desenrolando cada vez mais, começando em roubo de arte, passando por assassinato, perseguições, cães mortos por tratores, espionagem industrial, e uma quantidade generosa de sangue derramado.
A atuação desesperada de Aksel Hennie no papel hitchcockiano clássico do homem (quase) comum envolvido em uma história muito maior do que ele próprio, é fantástica. O protagonista tenta aflitivamente sobreviver aos ataques promovidos por seu antagonista, Clas Greve (Nikolaj Coster-Waldau, o Jayme Lannister de Game of Thrones), um homem frio e perigoso, capaz de qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Um ótimo jogo de gato e rato que se tornou no filme norueguês de maior sucesso no exterior - ganhando até mesmo da trilogia Millennium, outro enorme sucesso do país -, sendo vendido para mais de cinquenta países.
Ah, e sobre aquele remake de Hollywood? Pois é, acontece que a Summit (estúdio de Crepúsculo) comprou os direitos para uma refilmagem antes mesmo de o filme ser lançado na Noruega. Boas ideias sempre são compradas por Hollywood. Vamos esperar que esta boa ideia em particular não seja arruinada, como tantas outras. Por via das dúvidas, fique com a versão norueguesa, mesmo.

Headhunters (2011) on IMDb

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