O Hobbit - A Desolação de Smaug

Se a primeira parte da trilogia O Hobbit não agradou a todos - com seu tom mais infantil do que O Senhor dos Anéis - este capítulo do meio é uma ótima resposta aos críticos: A Desolação de Smaug é qualquer coisa, menos um filme arrastado e monótono. É Peter Jackson e Guillermo Del Toro mostrando todo o talento que têm. Jackson, na direção e no roteiro, co-escrito com Guillermo Del Toro. A união de duas das mentes mais criativas e geniais da Hollywood atual não poderia dar errado.
Em A Desolação de Smaug, os anões liderados por Thorin Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage) e com a companhia de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) seguem sua jornada para resgatar a Montanha Solitária do domínio do temível dragão Smaug (voz de Benedict Cumberbatch). Mas antes de chegar à montanha, os aventureiros precisarão ainda fugir da prisão imposta pelos elfos, despistar o grupo de orcs comandados por Azog, e convencer a cidade de Dale de que podem derrotar Smaug. Em seu caminho, novos personagens convivem com figuras conhecidas da trilogia O Senhor dos Anéis: está lá Legolas (Orlando Bloom), preenchendo a tela com toda a sua perícia no manejo do arco e mostrando que é, definitivamente o cara; mas "o cara" tem agora um contraponto feminino no quesito agilidade e coragem: trata-se de Tauriel (Evangeline Lilly, de Lost), personagem criada especialmente para o filme, e que rouba a cena sempre que aparece na frente das câmeras.
O hobbit-protagonista de Martin Freeman parece mais à vontade na pele do personagem, e agora tem mais coragem de utilizar o Um Anel para ajudar os companheiros e quase sempre salvar a pele deles. Já Thorin Escudo-de-Carvalho vai gradualmente se tornando tão obcecado com a montanha (e toda a riqueza ali contida) quanto seus ancestrais. Enquanto isso, Gandalf (Ian McKellen) se separa do grupo para descobrir o iminente despertar de Sauron. 
Smaug, o melhor dragão da história do cinema, é um feito e tanto da Weta - a empresa de efeitos especiais de Peter Jackson. A impressão de grandeza fica ainda maior quando vemos o monstro de pé, em todas as suas dimensões gigantescas, e também quando o vemos voando. Impressionante.
Com um final que é na verdade uma vírgula - um cliffhanger que deixa na gente a vontade enlouquecida de ver logo a terceira e última parte - A Desolação de Smaug tem momentos memoráveis, como a fuga dos anões da cidade dos elfos dentro de barris, rio abaixo, enquanto enfrentam uma horda de orcs. Legolas atirando flechas contra orcs enquanto se apoia de pé nas cabeças de dois anões em plena correnteza é quase tão impressionante quanto vê-lo derrubando um olifante em O Retorno do Rei.
Agora é esperar para ver Lá e De Volta Outra Vez, a última parte da trilogia mais divertida do cinema depois de O Senhor dos Anéis.

O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013) on IMDb

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