Wolverine: Imortal - O melhor naquilo que faz
A decepção com X-Men Origens: Wolverine
(2009) foi enorme. O filme, que mais parecia uma mistura aloprada de mutantes
de todas as gerações e não um filme solo do mutante mais carismático da Marvel,
desagradou a quase todo mundo, mais ainda aos leitores dos quadrinhos da
editora.
Mas a Fox aprendeu a lição. Wolverine: Imortal
(The Wolverine, EUA, 2013) acerta no tom e finalmente entrega um filme solo de
verdade. Logan (novamente vivido por Hugh Jackman) age sozinho praticamente o
tempo todo, e tem sua essência - a de um cavaleiro solitário que às vezes age
em equipe - respeitada pelo roteiro. A direção, do experiente e versátil James
Mangold (Os Indomáveis, Johnny & June), é competente e em momento
algum compromete o resultado final.
Praticamente ignorando o filme anterior do
mutante, e quase uma sequência de X-Men: O Confronto Final, Wolverine:
Imortal adapta a primeira minissérie que o cajun ganhou nos quadrinhos,
"Eu, Wolverine", escrita por Frank Miller e Chris Claremont nos anos 80. Na trama, os
X-Men encontram-se separados logo após os eventos relacionados à Fênix, e Logan
vaga perdido pelas montanhas canadenses, até ser abordado por Yukio (Rila
Fukushima), uma jovem mutante a serviço de Yashida (Haruhiko Yamanouchi), um
japonês bilionário cuja vida foi salva pelo herói durante o bombardeio nuclear
americano a Nagasaki, pondo fim à 2ª Guerra Mundial. Ela o convida a ir até Tóquio para se despedir de seu mestre, pois ele está à beira da morte. Mas Yashida tem, na verdade, outros planos para Wolverine, que incluem o roubo do fator de cura do mutante e sua transferência para seu corpo, para que ele viva para sempre.
Para quem conhece as HQs do mutante, sabe que Yashida é também o sobrenome de uma das paixões da vida de Logan, Mariko, que também está no filme e tem papel fundamental em seu reencontro com seu dever como herói e como soldado.
Bastante fiel aos quadrinhos, Wolverine: Imortal falha somente quando entra em cena o Samurai de Prata, que originalmente é um herói japonês e aqui aparece apenas como uma espécie de ciborgue anabolizado revestido de adamantium, arruinando um dos grandes personagens da Marvel. Afora isso, o que se vê é a interessante (embora batida) ideia de ver o herói sem seus poderes, mas ainda assim agindo para salvar e resgatar pessoas. Para Logan, isso não é problema, porque, afinal de contas, ele é o melhor no que faz. Com ou sem poderes mutantes.
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