'Valente' - Com sua primeira princesa, a Pixar volta ao normal

Todo mundo sentiu um toque de estranheza ao assistir Carros 2 , de 2011, que a Pixar pareceu ter lançado como uma espécie de compensação comercial à Disney, proprietária do estúdio. Afinal de contas, a franquia de Relâmpago McQueen e Mate é a mais lucrativa marca da Pixar, com uma lista quase infinita de produtos licenciados e presença garantida no imaginário infantil por um bom tempo. Entretanto, o filme parecia mais um amontoado de imagens ágeis, com muita aventura, explosões e um protagonismo quase que total de Mate, com um roteiro raso e personagens em excesso, com pouco ou nenhum desenvolvimento deles. O resultado foi uma crítica estupefata: ninguém pensava que a Pixar faria algo assim, tão mercadológico. Ingenuidade da parte da imprensa especializada, é claro. Apesar de não seguir as regras comuns do mercado do cinema, a Pixar precisa, sim, capitalizar em cima de suas criações, e Carros gera muito capital. OK. Regras do mercado à parte, não há como negar que o estúdio f...