Cinderela - Crítica

Versão do clássico conto de fadas é prova de que o cinema ainda pode ser puro e belo Nada de revisionismo. Esqueça as releituras irônicas e debochadas, ou as versões feministas e sombrias dos contos de fadas que embalam os sonhos da humanidade há séculos: Cinderela (Cinderella, EUA, 2015), a versão com atores da Disney, é simplesmente uma linda história, que mantém a essência da animação clássica do mesmo estúdio. Dirigido pelo mais shakesperiano dos diretores contemporâneos, Kenneth Branagh (de Thor ), a história não poderia estar em mãos melhores. O cineasta traz ao filme o toque de pureza e doçura necessário a um conto do gênero, ao mesmo tempo em que apresenta elementos dignos do bardo inglês, autor de peças imortais, como Hamlet e Romeu e Julieta . Quem critica Branagh por aceitar fazer Cinderela , por achar que o cineasta tem muito mais densidade quando adapta Shakespeare, certamente esquece que o clássico dramaturgo é também o autor de Sonho de uma noit...